Vocês são o sal da terra. Mas, se o sal perder o seu sabor, como restaurá‑lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. –
Mateus 5.13
Esta é uma passagem conhecida, para os leitores dos evangelhos. Seu registro está no evangelho de Mateus. Jesus, faz esta dura e difícil advertência sobre viver como um de seus discípulos.
Não bastava apenas declarar/confessar com a boca que o seguia. A declaração também precisava marcar e refletir as características de uma nova vida em Cristo.
É essa coerência prática e diária a fé em ação que confere autenticidade e credibilidade à mensagem que professamos diante daqueles que nos cercam.
Os discípulos de Jesus, são chamados a ser este tempero de testemunho do evangelho de Jesus. Quando perdemos está essência… então já não servimos mais ao que fomos chamados e estaremos fadados ao fracasso e à falência espiritual.
A perda do sabor do sal nem sempre ocorre de maneira rápida. Muitas vezes, é um processo lento de diluição, onde a vida do discípulo se torna indistinguível dos padrões do mundo. Quando o compromisso com Cristo é negociado pela conveniência, quando a ética se curva às pressões sociais, o sal está se tornando insípido. Essa gradual acomodação é a falha sutil que anula o poder do testemunho e leva a fé a um estado de inércia, perdendo sua capacidade de impactar e de resistir à deterioração.
A grave advertência de Jesus nesta passagem, nos coloca diante de uma tomada de postura constante: ou estamos temperando o ambiente ao nosso redor ou nos tornamos sem relevância nenhuma. O preço em manter este sabor requer a constante vigilância e renovação diária. Termino este texto com um convite a reflexão se estamos sendo discípulos que estão preservando a essência do Evangelho em nossas vidas e ações, ou se já perdemos o sal e estamos fadados a ser lançados fora e pisados, inúteis ao propósito de Deus.
